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"Sua morte monopolizou as discussões no Twitter e ofuscou os outros fatos do dia. Não é difícil de entender. Em um mundo cada vez mais multifacetado, sem consensos ideológicos ou utopias capazes de engajar multidões, restaram poucas unanimidades de interesses. Uma delas é a cultura pop: tudo que lemos, ouvimos, assistimos, consumimos. Michael Jackson foi um fenômeno cultural que atraiu interesses dos mais díspares cantos do mundo com suas músicas e coreografias. Nestes tempos de long tail, será muito, muito difícil surgir um outro artista capaz de vender tantos discos, fazer tamanho sucesso, atrair tanta atenção. Michael destacou-se em uma época na qual walkmans, fitas cassete, vinis, máquinas de escrever, aparelhos de fax e fichas telefônicas ainda não faziam parte do tal 'museu de grandes novidades' cantado por Cazuza".
Vida pessoal à parte, o fato é que Michael Jackson foi um grande artista antes de desbotar. Quem nunca quis aprender a coreografia do clipe de "Thriller" ou fazer o moonwalking, que atire a primeira vitrola. A tremenda repercussão de sua inesperada morte em sites, TVs e conversas de bar, apesar dele não ter sido capaz de gravar uma nova música marcante nos últimos 15 anos, foi uma prova de que o Rei do Pop, apesar do declínio artístico e pessoal, ainda não havia perdido a majestade.